das discussões e ofensas, perto do mar, o mesmo mar que me adverte que as ondas continuarão a fluir e a arrebentar na areia, que os ventos prosseguirão a soprar contra as palmeiras, e que a Terra continuará a girar e a estimular a vida com ou sem as nossas querelas.
Insatisfeito, procurei as algas que logo grudaram em mim, buscando envolver-me ao fundo de tudo e levar-me ao caís das sereias.
Não sei se sonhei ou se foi fantasia.
Só sei que pensei que as sereias sorriam.
E o mistério pairou nessas águas despidas,
tantos contos contei sem usar uma rima.
Vou pegar mariscos ou tocar banjo nas pedras, vou papear em espanhol com argentinos ou surfar em Geribá com meus sobrinhos, vou comer no bar do Mangue no Porto da Barra ou no Pátio Havana na rua das Pedras.
Viram? Mesmo aqui, longe de tudo, há sempre uma escolha a fazer… moqueca de peixe ou pizza vegetariana, lagostada dos deuses ou churros empapados?
E enquanto penso, numa esquina da rua do sossego, a PaellaBuziana continua firmando-se junto aos populares com sua grande atração fidelíssima: Lula do Olimpo, com siri, cabeça de peixe e água, muita água pois o calor está enorme…
(Raul de Taunay, Búzios, 18 de outubro de 2014)