Segundo a imortal Dinah Silveira de Queiroz (1911-1982), membro da Academia Brasileira de Letras, que viu nascer este livro, o romance O menino e o deserto constitui “uma espécie de memória inconsciente do ser humano, dos imprevistos das cavernas, do sol escaldante de um mundo desconhecido, que se fecha sobre a criatura, até que ela possa encontrar uma brecha num muro que será preciso dominar e vencer”. É nesse quadro de secura e solidão que se desenvolve a epopeia de um menino faminto e perseguido, representante da eterna aventura da sobrevivência humana.
O Menino e o Deserto (Romance, Vignoli e Anima, 1985)