Meu diapasão

Meu diapasão

Jamais eu pensei escrever
Esta sonata barroca,
A brisa que veio tão louca
Me trouxe o amanhecer.

Se somos no mundo irmãos
E se vemos no céu uma lua,
Porque nos matamos na rua
Sem ter a menor compaixão.

Eu te trago somente a palavra,
O sentido da arca sagrada,
A nota que afina a toada,
Os clarins de uma revoada.

Na busca desta redenção
Eu fico com o meu diapasão
Que vibra qual acordeão
E alegra o forró da União.

Vamos à festa, querida,
Dançar e rodar pela vida,
Amar uma causa vencida
Buscar a terra prometida.

(Libreville, 12 de setembro de 2014)

Deixar uma resposta