Caminho do mar
Não deixo de amar porque envelheço,
envelheço se deixo de amar.
Não deixo de querer porque enlouqueço,
enlouqueço se deixo de querer.
A vida me leva e traz, me sobe e desce,
no céu celeste;
a morte me aguarda um dia, sem simpatia,
no fim da via.
Mas vou levando a poesia, à luz do dia,
anotando as andanças, sem nostalgia;
do sol que me guia, pelas profecias,
descubro a prática desta teoria.
Não deixo de escrevinhar porque me canso,
me canso se deixo de escrevinhar.
Onde o caminho do mar?
Onde partir e chegar?
Onde encontrar seu lugar?
Me diz logo…
Onde o caminho do mar?
(Trípoli, 7 de junho de 2013)